As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, em parceria com o DIEESE, SEADE e SETRE, mostram que, em dezembro, a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador diminuiu, pelo quarto mês consecutivo, ao passar de 17,0% em novembro para os atuais 16,3% da População Economicamente Ativa (PEA). Em dezembro, o contingente de desempregados foi estimado em 305 mil pessoas, 15 mil a menos que no mês anterior. Esse resultado deveu-se a saída de 13 mil pessoas da PEA e ao pequeno aumento na ocupação (2 mil pessoas).
O contingente de ocupados apresentou relativa estabilidade (0,1%), passando de 1.562 mil para 1.564 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento na Indústria de transformação (8 mil ou 6,9%) e ligeiro aumento no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (2 mil ou 0,6%). Foi registrada uma ligeira redução no setor de Serviços (-5 mil ou -0,5%) e relativa estabilidade na Construção (-1 mil ou -0,7%).
Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados apresentou pequena variação negativa no mês de dezembro (-5 mil ou -0,5%). O nível ocupacional se elevou no setor privado (11 mil ou 1,2%) e diminuiu no setor público (-16 mil ou -9,9%). No setor privado, o número de ocupados cresceu entre aqueles com carteira assinada (12 mil ou 1,5%) e apresentou uma leve redução entre os sem carteira (-1 mil ou -0,9%). Registrou-se aumento no contingente de empregados domésticos (4 mil ou 3,3%), e na categoria Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (2 mil ou 3,1%) e ficou relativamente estável entre os trabalhadores autônomos (1 mil ou 0,3%).
No mês de novembro, o rendimento médio real ficou relativamente estável tanto para os ocupados (-0,1%) quanto para os assalariados (-0,1%). Seus valores passaram a equivaler a R$ 1.268 e R$ 1.369, respectivamente. No mesmo período, a massa de rendimento médio real elevou-se para os ocupados (1,3%) e para os assalariados (2,1%). Em ambos os casos, o incremento ocorreu devido a elevação do nível ocupacional, já que o rendimento médio real ficou estável.
Entre os meses de dezembro de 2013 e 2014 a taxa de desemprego total diminuiu ao passar de 16,9% para os atuais 16,3% da PEA. Esse resultado deveu-se a redução do desemprego aberto, de 12,4% para 11,3%, já que o desemprego oculto aumentou de 4,5% para 5,0%.
Nos últimos 12 meses, o contingente de desempregados decresceu em 10 mil pessoas. Esse resultado deveu-se ao aumento do número de ocupados (15 mil) ter sido superior ao ingresso de pessoas no mercado de trabalho (5 mil). A taxa de participação diminuiu de 59,1% para os atuais 58,2%.
Nos últimos 12 meses período em análise, o número de ocupados aumentou (1,0%) (Tabela 2 e Gráfico 2), passando de 1.549 mil pessoas para 1.564 mil. Entre os setores de atividade econômica, o nível ocupacional elevou-se nos Serviços (28 mil ou 3,1%) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (10 mil ou 3,3%); reduziu-se na Indústria de transformação (-12 mil ou -8,8%) e, de modo menos intenso na Construção (-4 mil ou -2,6%).
Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado cresceu (13 mil ou 1,2%), devido à elevação do emprego no setor privado (22 mil ou 2,4%), já que no setor público houve diminuição (-10 mil ou -6,5%). No setor privado, registrou-se aumento no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (21 mil ou 2,6%) e em menor intensidade no de sem carteira (1 mil ou 0,9%). Houve aumento no número de empregados Domésticos (3 mil ou 2,4%); diminuição no agregado Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (-1 mil ou -1,5%). O contingente de trabalhadores Autônomos não apresentou variação.
Entre novembro de 2013 e novembro de 2014, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (1,3%) e para os assalariados (2,5%). Nesse período a massa de rendimentos apresentou variação positiva entre os ocupados (1,1%) devido ao crescimento do rendimento médio real, pois o nível de ocupação permaneceu relativamente estável. Entre os assalariados houve acréscimo de 4,5%na massa salarial devido aos aumentos registrados tanto no nível de emprego quanto no salário médio real.