A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan) divulga os Resultados da PNAD 2012 – Rendimento da População, boletim que dá continuidade às investigações temáticas da SEI a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), disponibilizada pelo IBGE em abril deste ano. O estudo do comportamento do rendimento da população baiana de 2006 a 2012 aponta que o rendimento médio da população da Bahia aumentou 25% em termos reais, passando de R$ 773 para R$ 967 no período. Na zona urbana cresceu 19,5%, e na zona rural cresceu 28,4%. O crescimento da renda pessoal foi acompanhado também por redução da desigualdade e da pobreza no estado.
Os 10% mais pobres apresentaram um crescimento real na renda média de 26,6%, ao passo que os 10% mais “ricos” apresentaram um crescimento de 22%.
Quanto à participação na renda total, o estudo mostra que os 10% mais pobres, com uma renda média de R$ 73,00, possuíam apenas 0,9% do total da renda na Bahia em 2006, ao passo que os 10% mais ricos, com uma renda média de R$ 3.474,00, possuíam 44,9% da renda total da população. Entre 2006 e 2012, verificou-se redução da desigualdade, com o índice de Gini diminuindo de 0,557 para 0,548.
Pobreza declina – A extrema pobreza diminuiu entre 2006 e 2012, com o indicador passando de 11,6% para 7,4% da população total, o que significa que aproximadamente 550 mil pessoas saíram da extrema pobreza no estado da Bahia no período analisado. Na zona urbana, o quantitativo de pessoas em extrema pobreza diminui por volta de 153 mil pessoas, passando de 756 mil (7,8% da população urbana) para 603 mil (5,4%) de acordo com o critério do MDS/IBGE (renda domiciliar per capita de até R$ 70,00 mensais*). Na zona rural, o número de pessoas abaixo da linha diminui em 395 mil, com a taxa de extrema pobreza passando de 19,5% para 13%, apesar da forte redução da população residente nas zonas rurais da Bahia entre 2006 e 2012.
A taxa de pobreza declinou de 21,4% para 12,3%, entre 2006 e 2012, o que representa uma saída de aproximadamente 1,2 milhões de baianos da condição de pobreza (renda domiciliar per capita entre R$ 70,00 e R$ 140,00 mensais**). Na zona urbana a pobreza declinou de 16,5% para 9%, e na zona rural de 31,5% para 21,7%, apesar de, como evidenciado anteriormente, a renda média ter crescido de forma mais acentuada na zona rural (28,4%) do que na zona urbana (19,5%) no período considerado. “A redução da pobreza mais acentuada na zona urbana se deu porque a renda dos mais pobres dos domicílios desta localidade cresceu a taxas maiores do que o crescimento da renda dos mais pobres das zonas rurais do Estado”, explica Armando Affonso de Castro Neto, diretor de Pesquisas da SEI.
A série de estudos da SEI com base na PNAD está disponível na internet, no endereço www.sei.ba.gov.br, onde já consta o boletim sobre Condições de moradia, sendo que serão lançados ainda os temas Trabalho infantil, Educação e Mercado de trabalho.
*Como a linha de extrema pobreza teve valores com referência em julho de 2010, os valores foram corrigidos pelo INPC, correspondendo a R$ 57,20 em 2006 e R$ 79,60 em 2012.
**Como a linha de pobreza teve valores com referência em julho de 2010, o estudo foi realizado com valores corrigidos pelo INPC para os anos de 2006 e 2012.