O ministro da Agricultura, Neri Geller, anunciou hoje que o Plano Safra 2014/15, que tem início em julho, destinará R$ 156,1 bilhões em crédito agrícola, incremento de 14,7% na comparação com os R$ 136 bilhões destinados para a safra 2013/14, que se encerra oficialmente em 30 de junho. As taxas de juros de algumas linhas de crédito foram aumentas. A presidente Dilma Roussef, presente na cerimônia do lançamento do plano, afirmou que as taxas de juros do Plano Safra foram “em grande parte” preservadas.
Do total destinado para safra 2014/15, R$ 112 bilhões se referem a recursos para o financiamento do custeio e comercialização da safra. Os recursos para custeio são divididos em dois tipos, sendo uma linha de crédito de custeio voltada para o médio produtor (Pronamp) de R$ 10,5 bilhões, com juros de 5,5%, e uma linha de custeio de R$ 101,45 bilhões, com juros de 6,5% ao ano.
Além dos recursos para custeio e comercialização, o Plano Safra 2014/15 também contará com R$ 44,1 bilhões para investimentos. Entre as destaques, está a “revitalização” do Moderfrota, linha de crédito para a aquisição de máquinas agrícolas novas, afirmou o ministro da Agricultura.
De acordo com Geller, serão destinados R$ 3,5 bilhões para o Moderfrota. Essa taxa, destacou o ministro, foi reduzida em 1 ponto percentual, para 6,5% ao ano. Segundo Geller, a “revitalização” do Moderfrota atente a uma reivindicação dos produtores e da Abimaq, entidade que representa os produtores de máquinas.
Apesar do aumento da taxa de juros em algumas das linhas de crédito do Plano Safra 2014/15, as condições de crédito para os produtores rurais ficaram mais vantajosas se comparadas à Selic, afirmou Geller.
“Mesmo com a Selic passando de 7,5% para 11%, [as linhas de] custeio do Pronamp e Funcafé aumentaram 1%. Portanto, as condições de taxa de juros são melhores”, afirmou Geller. Considerando todas as linhas contempladas pelo Plano Safra, a taxa de juros média é de 6,5% ao ano.
Originalmente, o anúncio ocorreria em Rio Verde (GO), mas a presidente Dilma otpou por fazer o anúncio em Brasília. Entre as alegações para as mudanças de plano ouvidas pela Esplanada, estão a visibilidade com lançamento feito em Brasília e uma viagem da presidente Dilma programada para Goiás e Tocantins ainda esta semana.