A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,57% em setembro, informou o IBGE nesta quarta-feira. Em agosto, o avanço havia sido de 0,25%.
No acumulado em 12 meses terminados em setembro, o indicador avança 6,75%, o maior neste tipo de comparação desde outubro de 2011, quando subira 6,97%. No ano (entre janeiro e setembro), o índice já avança 4,61%.
A forte aceleração no acumulado em 12 meses, que havia ficado em 6,51% em agosto, veio acima do esperado pelo mercado. Segundo a Reuters, a mediana das projeções de analistas estava em 6,64%. Com o aumento, o IPCA se distancia muito do teto da meta do governo para a inflação, que é de 6,5%.
O avanço de setembro foi puxado pelo grupo alimentação e bebidas, que, após três meses em queda, registrou alta de 0,78%
A categoria teve o maior impacto sobre o resultado, respondendo por 0,19 ponto percentual do índice.
Entre as maiores altas, destacam-se a cebola, que subiu 10,17% e a farinha de mandioca, que avançou 2,52%. Já o tomate recuou 9,42%. Os alimentos são responsáveis pela maior parcela das despesas de consumidores.
A alta na categoria foi influenciada pelo avanço no preço das carnes, de 3,17%. O resultado teve peso de 0,08 ponto percentual sobre o IPCA, o maior impacto individual sobre o índice. É a maior alta das carnes desde outubro de 2013, quando o grupo também avançou 3,17%.