O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador apresentou, em agosto, variação positiva de 0,23%. O resultado é superior à taxa apurada em julho, que foi de 0,21%. Já em agosto de 2013, o IPC havia registrado variação de 0,11%, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento – Seplan.
No acumulado dos últimos 12 meses (set. 2013 – ago. 2014), a taxa situou-se em 6,13%, resultado superior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (ago. 2013- jul. 2014), que foi de 6,00%.
Em agosto de 2014, os produtos/serviços que tiveram maiores contribuições positivas na formação da taxa, com suas respectivas variações de preços, foram: Camiseta, blusa e blusão femininos (5,66%), Pão francês (2,31%), Móvel para sala (3,67%), Aluguel residencial (1,06%), Sabão em pó e em pedra (3,76%), Tênis de adulto (5,24%), Vasodilatador para pressão arterial (4,99%), Calça comprida masculina (2,73%), Automóvel novo (0,31%) e Mochila (44,35%). Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram: Gasolina (2,05%), Passagem aérea (8,06%), Calça comprida feminina (4,42%), Batata inglesa (17,33%), Saia feminina (8,09%), Tomate (10,50%), Ingresso para teatro (32,88%), Farinha de mandioca (4,73%), DVD (11,17%) e Diária de hotel (8,16%).
Dos 375 produtos/serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 171 registraram alta nos preços, 104 não tiveram alterações e 100 registraram decréscimos. Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos cujos preços mais aumentaram em agosto do ano corrente foram: mochila (44,35%), tapete (18,20%), cebola (9,59%), repolho (8,28%), bateria de cozinha (mantimentos) (8,12%), ingresso para estádio (futebol) (7,90%), coco (7,49%), peixe em filé (6,61%), joia (6,22%) e coentro (5,83%).
Desempenho dos grupos – Em agosto de 2014, dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, seis registraram acréscimos, enquanto apenas um variou negativamente.
No grupo que apresentou variação positiva estão Artigos de residência (1,37%), cujo aumento é justificado pelo acréscimo nos preços de tapete (18,20%), bateria de cozinha (mantimentos) (8,12%) e forno de microondas (4,84%). Já o setor Vestuário variou positivamente em 1,01%. Os produtos que mais influenciaram este resultado foram mochila, (44,35%), joia (6,22%), camisa, blusa e blusão femininos (5,66%).
Outro grupo que apresentou incremento foi o de Habitação e encargos (0,49%), devido aos reajustes em itens como sabão em pó e em pedra (3,76%), esponja e bucha de aço (3,64%) e materiais diversos (materiais e utensílios para construção) (2,81%). Alimentos e Bebidas também foi um grupo que apresentou aumento (0,40%), registrando incremento nos subgrupos alimentação fora do domicílio (0,27%) – com reajuste nos preços de acarajé (2,48%), refrigerante fora do domicílio (1,84%), lanche (1,02%) e cerveja fora do domicílio (0,19%)-, alimentação no domicílio (0,20%) e alimentos prontos (-0,57%). Os demais grupos que registraram aumento foram Despesas pessoais (0,17%), Saúde e cuidados pessoais (0,07%¨) e Transporte e Comunicação (0,24%).
Pelo segundo mês consecutivo a Cesta Básica apresenta redução e fecha agosto com queda de 1,91%
A ração essencial mínima definida pelo Decreto-lei 399 de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 247,90 em agosto de 2014, representando redução de 1,91% quando comparado com o mês de julho do mesmo ano.
Dos 12 produtos que compõem a ração essencial mínima, sete registraram reduções nos preços: Tomate (10,50%), Banana-prata (7,04%), Farinha de Mandioca (4,73%), Óleo de Soja (3,16%), Feijão (2,45%), Açúcar (1,04%) e Manteiga (0,88%). Por sua vez, quatro registraram variações positivas: Carne bovina (cruz machado) (2,72%), Pão francês (2,31%), Leite pasteurizado (1,31%) e Café moído (0,27%), e apenas um não sofreu reajuste: o Arroz.
No mês em análise, o tempo de trabalho necessário para se obter a cesta básica foi de 89 horas e 19 minutos, e o trabalhador comprometeu 37,22% do salário mínimo1 para adquirir os 12 produtos da cesta.