Esfriamento do mercado de trabalho formal e pessimismo do empresariado mostram ausência de sinais de reaquecimento da economia baiana e do mercado de trabalho no curto prazo, reforçando as projeções da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (SEPLAN). É o que revela o Boletim de Conjuntura do Mercado de Trabalho divulgado pela instituição.
Segundo a publicação, os registros administrativos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicaram perda de empregos com carteira assinada no primeiro trimestre de 2015, com diminuição de 10.969 postos de trabalho.
Por sua vez, o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostra que o desemprego na Bahia reduziu nos últimos doze meses, com a taxa de desocupação (estimada em 11,3%) sendo a menor entre os primeiros trimestres desde 2012. Na Região Metropolitana de Salvador, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) revela que a taxa de desemprego total cresceu no primeiro trimestre de 2015, passando a 17,3% da População Economicamente Ativa (PEA), embora ela ainda seja menor que a registrada no mesmo trimestre do ano anterior (17,7%).
O Indicador de Expectativas para Emprego (IEE), extraído da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano, revelou, em março último, seu valor mais baixo – evidenciando uma expectativa considerável de reduções de postos de trabalho para o intervalo vindouro de um ano. Somado a isso, a projeção realizada pela SEI, aponta corte de aproximadamente 3,8 mil postos de trabalho formais no segundo trimestre de 2015.