O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 1,24% em janeiro, informou hoje o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Foi a maior taxa mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%). Com isso, o acumulado de 12 meses chegou a 7,14%, o maior desde setembro de 2011 (7,31%) e estourando o teto da meta.
O governo tem como meta de inflação uma taxa de 4,5%, com tolerância de dois pontos para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%). A alta era esperada por causa dos reajustes de vários preços administrados.
Um aumento de 8,27% na energia elétrica gerou sozinho um impacto de 0,24 ponto percentual no índice final e fez com que Habitação tivesse a maior aceleração entre os 9 grupos pesquisados: de 0,51% em dezembro para 2,42% em janeiro.
Já o grupo Transportes foi de 1,38% em dezembro para 1,83% em janeiro graças a aumentos no transporte público: o ônibus urbano subiu 8,02%, o ônibus intermunicipal subiu 6,59% e o metrô subiu 9,23%.
O grupo Alimentação e Bebidas, responsável sozinho por um terço do índice total, também acelerou – de 1,08% para 1,48% – puxado por alguns produtos como batata inglesa (+38%), feijão carioca (18%) e tomate (12%).
Juntos, Alimentação e Bebidas, Habitação e Transportes foram responsáveis por 85% do índice em janeiro. Mas eles não foram os únicos que aceleraram: a alta de 6,89% no cigarro ajudou a puxar o grupo Despesas Pessoais de 0,70% em dezembro para 1,68% em janeiro.
3 grupos tiveram queda em relação ao mês anterior. Saúde e Cuidados Pessoais foi de 0,47% para 0,32% e outros dois entraram no terreno de queda de preços: Vestuário (de 0,85% para -0,69%) e Artigos de Residência (de 0% para -0,28%).