A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS) – realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan) em parceria com a Setre, a Fundação SEADE e o Dieese – mostra que em 2014 o nível de ocupação na RMS voltou a crescer (1,6%), comportamento diferenciado do registrado no ano anterior, quando ficou relativamente estável (0,5%). O número de postos de trabalho gerados (25 mil) superou o aumento da População Economicamente Ativa – PEA (9 mil), o que resultou na redução do número de pessoas na situação de desemprego (-16 mil). O contingente de desempregados foi estimado em 325 mil pessoas, o de ocupados em 1.545 mil e a PEA em 1.870 mil.
A taxa de desemprego total diminuiu após dois anos consecutivos de crescimento, passando de 18,3%, em 2013, para 17,4% em 2014. Essa é a terceira menor taxa da série histórica anual da PED-RMS, iniciada em 1997. O comportamento do nível ocupacional refletiu o crescimento da Construção (7,6% ou criação de 11 mil postos), e aumentos mais modestos nos Serviços (2,8% ou 25 mil) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (1,4% ou 4 mil). Em contra partida, a Indústria de Transformação sofreu redução (-4,6%, ou -6 mil).
Na análise anual por posição na ocupação observou-se, que o contingente de assalariados cresceu 2,8%, o que representa a incorporação de 29 mil pessoas. Isso resulta dos aumentos no setor privado (28 mil ou 3,2%) e, menor medida, no setor público (1 mil ou 0,7%). No segmento privado, o assalariamento com carteira de trabalho assinada cresceu (29 mil ou 3,8%) e o assalariamento sem carteira declinou (-3 mil ou -2,5%). Diminuiu o número de trabalhadores autônomos (-14 mil ou -4,6%). Em sentido contrário, ocorreu crescimento para os empregadores (4 mil ou 10,5%), domésticos (4 mil ou 3,3%) e demais posições ocupacionais – inclui donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (2 mil ou 8,3%) – Tabela
No ano de 2014, o rendimento médio real cresceu tanto para os ocupados (1,9%) como para os assalariados (1,4%) – Tabela 4. Em termos monetários, a remuneração média dos ocupados passou a equivaler a R$ 1.247 e a dos assalariados, a R$ 1.345.
No ano em análise, a massa de rendimentos reais elevou-se para os ocupados (3,7%) e para os assalariados (4,5%). No caso dos ocupados o acréscimo decorreu tanto do crescimento da ocupação (1,6%) quanto do rendimento médio real (2,1%). Já a evolução da massa salarial derivou do crescimento do emprego (2,8%) e, em menor medida,do nível do salário médio (1,6%).