Foi sem surpresas. Mesmo com o ritmo baixo de crescimento da economia, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 11%.
Em setembro de 2011, os juros básicos estavam em 12% ao ano. De lá até outubro de 2012, a trajetória foi de queda. E atingiu o mínimo histórico de 7,25%. E ficou assim até abril do ano passado. O que significava crédito mais barato e consumo em alta. E cada ação tem uma reação. E uma das reações foi justamente a escalada dos preços.
Aí entrou o Banco Central com seu remédio poderoso. Os juros voltaram a subir. E depois de um ciclo de nove altas seguidas, o Copom pisou no freio e interrompeu o aperto monetário. E decidiu manter no mesmo patamar de 11% ao ano.
Essa decisão é muito aguardada porque mexe com a vida de todos nós. Ao aumentar a taxa Selic, o BC tenta segurar a demanda aquecida que acaba refletindo nos preços. Isso porque juros mais altos acertam em cheio o crédito. E com o crédito mais caro, a tendência é que tenham menos pessoas dispostas a comprar. Fazendo com que os preços caiam ou mesmo parem de subir.
Já quando o BC reduz os juros básicos, a expectativa é o inverso. O crédito fica mais barato e com isso, estimula o consumo.