O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou agosto com taxa de 0,24%. Em julho, a taxa havia sido de 0,03%. Já em agosto do ano passado, o IPCA ficou em 0,41%. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (6/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais contribuições para a inflação de agosto vieram das altas de preços de 0,57% no grupo de despesas com habitação e 0,45% com saúde e cuidados pessoais. Os alimentos, que haviam registrado deflação (queda de preços) de 0,33% em julho, tiveram alta de 0,01% em agosto.
Os transportes continuaram apresentando deflação, embora em ritmo menor, com queda de preços de 0,06%. Em julho, a diminiuição havia sido de 0,66%.
O IPCA acumula taxas de 3,43% no ano e de 6,09% nos últimos 12 meses. O IPCA de 12 meses é o menor desde dezembro de 2012, quando havia sido 5,84%, e se mantém abaixo do teto da meta de inflação do governo, de 6,5%.
Leite e refeições fora de casa
O leite longa vida e a refeição fora de casa foram os itens que mais contribuíram para a alta da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto. Juntos, esses dois itens responderam por um terço da inflação.
De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o preço do leite subiu 3,75% em agosto. “Esse é um período de entressafra. Além disso, os produtores vêm argumentando que houve problemas nas pastagens, por causa do frio e das chuvas, e que o preço estava defasado. Também houve aumento da demanda e pode ter havido um efeito do dólar na ração [do gado], por exemplo”, disse a coordenadora do Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Já a refeição fora de casa teve alta de preços de 0,76% em agosto. Segundo Eulina, esse item vem agregando, aos poucos, a alta dos alimentos, que, apesar de ter registrado inflação de apenas 0,01% em agosto, acumula altas de 5,68% no ano e de 10,46% nos últimos 12 meses.
Além do leite, a alta do dólar teve impactos em outros alimentos em agosto, principalmente naqueles que usam o trigo como insumo, como o pão francês (com inflação de 1,56%), farinha de trigo (2,68%) e pão doce (1,43%). Com isso, houve impacto também no café da manhã fora de casa, que teve alta de 1,53%.
Os alimentos voltaram a subir em agosto (0,01%), depois de registrar deflação (queda de preços) de 0,33% em julho. Como houve uma alta de 0,34 ponto percentual na taxa, os alimentos, que respondem por quase um quarto do orçamento das famílias brasileiras, contribuíram para a alta do IPCA.
Outros itens que tiveram contribuição importante para a alta do IPCA foram os planos de saúde (0,94%), aluguel residencial (0,74%), recreação (0,8%), empregado doméstico (0,53%) e mobiliário (1,22%).
Fonte:http://www.tribunadabahia.com.br/2013/09/06/inflacao-oficial-de-agosto-fica-em-0-24