Estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, no ano passado, os pisos fixados em 685 acordos salariais tiveram aumento real médio de 2,8%, metade do percentual médio obtido em 2012, de 5,62%. O reajuste no ano passado é semelhante ao do salário mínimo no período, de aproximadamente 2,6%
Houve correção acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 95,3% dos pisos no ano passado, frente a 98% em 2012.
Das 685 unidades de negociações avaliadas pelo levantamento, 29,8% — a maioria — teve correção entre 2,01% e 3% na remuneração; 21,5% conseguiram reajustar o piso entre 1,01% e 2% e 16,1% entre 3,01% e 4%. Do total, 1,8% acordaram aumento semelhante ao INPC e 2,9%, abaixo do índice. Em 2,2% dos acordos houve reajuste acima de 10% – resultado puxado pela indústria (2,3%) e pelos serviços (3,1%).
Entre os setores, indústria e comércio tiveram melhores desempenhos e conquistaram aumento real em 96,8% e 97,4% dos casos, respectivamente. Nos serviços e nas atividades rurais, os percentuais foram de 91,7% e 92,6%.
Em 6% dos casos o piso fixado em 2013 coincidiu com o salário mínimo vigente, de R$ 678,00. Aproximadamente metade (48,8%) passou a receber salários de até R$ 800,0, valor próximo à média verificada pelo Dieese, de R$ 879,04. Em 0,9% dos casos o valor nominal do piso ficou entre R$ 2.000,00 e R$ 2.250,00 e em 0,6%, acima do último valor.
O levantamento leva em conta apenas o valor mais baixo negociado por categorias com mais de um piso salarial (que podem ser estipulados de acordo com a função do trabalhador, tamanho da empresa, etc).