No mês de maio, as vendas no comércio varejista da Bahia registraram ritmo de crescimento acelerado. Nesse mês, o volume de negócios aumentou 7,9% em relação a igual mês no ano de 2013, taxa que ocupa a décima segunda posição em relação às demais unidades federativas. Essa variação superou a nacional (4,8%). Na comparação com o mês anterior ao analisado, o varejo na Bahia variou positivamente em 3,8%, superior à taxa de abril que recuou 3,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/SEPLAN).
O fator preponderante para o ritmo de crescimento intensificado do volume de vendas em maio foi a redução dos preços dos alimentos ao longo do mês. O desempenho do setor na Bahia deve ser comemorado, considerando o baixo nível de confiança do consumidor, o crédito mais escasso e a desaceleração da renda real. No ramo de eletrodomésticos, as estratégias para incentivar a venda de televisores com a proximidade da realização da Copa do Mundo também tiveram efeito no indicador.
Maior crescimento nas vendas foi do setor de artigos pessoais
Em maio de 2014, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a maio de 2013, revelam que seis dos oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,6%); Móveis e eletrodomésticos (16,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (11,0%); Combustíveis e lubrificantes (6,6%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,2%). Registraram comportamento negativo: Tecidos, vestuário e calçados (-0,3%); e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-27,3).
Considerando não apenas as taxas de crescimento, mas também o peso de cada setor no volume de vendas, os destaques no mês ficaram por conta dos segmentos de Móveis e eletrodomésticos, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Destes, o maior impulsionador das vendas na Bahia, em maio, foi o segmento de Móveis e eletrodomésticos. O aquecimento nos negócios é resultado das campanhas promocionais decorrentes à realização da Copa do mudo, apesar do menor ritmo de crescimento do crédito.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve o segundo maior impulsionador das vendas no comércio varejista da Bahia. Segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista, a atividade foi favorecida pelo alívio da inflação em alguns produtos comercializados pelo setor e pela comemoração do Dia das Mães.
A terceira maior contribuição veio do segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Por englobar ramos como lojas de departamento, que comercializam produtos de menor valor agregado, bem como ótica, artigos esportivos, brinquedos, etc. o segmento é bastante influenciado pelas datas festivas. Assim, o aquecimento nos negócios realizados no segmento foi influenciado pelas comemorações do Dia das Mães.
COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em maio crescimento de 3,8% nas vendas. Nos últimos 12 meses, a expansão no volume de negócios foi de 2,3%.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças voltou a registrar variação negativa (-3,8%), em relação a igual mês do ano anterior. A queda nas vendas reflete o crédito mais seletivo por parte das financeiras, diante do nível de inadimplência. Em relação ao segmento Material de Construção que registrou no mês passado recuo de 10,1% nas vendas, no mês de maio ficou estável. Esses resultados são justificados pela redução do IPI para uma cesta de produtos do setor, e as condições favoráveis do crédito imobiliário que se mantém em expansão.