A economia baiana, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no território) recuou 3,7% no 2º trimestre (abril a junho) deste ano comparado ao mesmo período de 2015. A informação foi divulgada pela Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da Bahia (SEI). Considerando a série com ajuste sazonal – que corresponde ao comparativo do 2º trimestre com o 1º trimestre (de janeiro a março) deste ano, o resultado foi uma contração de 1,1%.
Assim, a atividade econômica baiana caiu 3,9% no primeiro semestre de 2016 (de janeiro a junho), em relação ao mesmo intervalo de 2015. No acumulado dos últimos 12 meses (de julho da 2015 a junho de 2016), o PIB registrou uma negativa de 3,8%, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. A superintendência atribui o resultado ao desempenho do Valor Adicionado a preços básicos (VA), que fechou o trimestre com retração de 3,9%. Os três setores que contribuem para o VA tiveram quedas: Agropecuário (-14,4%), Industrial (-2,4%) e Serviços (-2,4%).
Dentre eles, o resultado negativo mais significativo foi o da agropecuária, responsável por 29,7% do valor total do recuo do trimestre. Esta queda esteve diretamente associada à perda de 30% na produção de grãos em função da seca que atingiu o Oeste do estado. Outro fator crucial para o resultado foi o corte de gastos do governo.
“A administração pública (federal, estadual e municipal) é responsável por 20% do PIB. Consequentemente, quando há cortes de custos, ele diminui. Isso pode, porém, ser benéfico para a economia no futuro”, conta João Paulo Caetano Santos, coordenador de Contas Regionais e Finanças Públicas da SEI.
A Superintendência espera que o PIB de 2016 (de janeiro a dezembro) feche com uma queda de 3,1% em relação ao de 2015. “Acreditamos que o terceiro trimestre, que termina em setembro, seja semelhante ao segundo. Mas com a estabilização do cenário econômico e político, esperamos uma melhora no último trimestre, o que vai amenizar a queda”, diz o coordenador.
A SEI não estabeleceu um ranking entre os resultados do PIB dos estados brasileiros porque nem todos eles realizam estudos trimestrais do indicador.
Fonte: Correio*