A produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, avançou 1,4% em dezembro de 2015, frente ao mês imediatamente anterior, após também avançar em outubro (0,8%) e recuar 2,4% em novembro. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana teve queda de 6,0%, quarta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. No índice trimestral, o período outubro-dezembro de 2015 (-9,5%) mostrou a quarta taxa negativa seguida, com ritmo de queda mais intenso do que o observado no terceiro trimestre (-1,5%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A variação acumulada em 2015 registrou índice negativo de 7,0% em relação ao ano de 2014, maior retração desde o início da série histórica (2003).
No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apresentou decréscimo de 6,0%, com 9 das 12 atividades pesquisadas assinalando queda na produção. Os principais impactos negativos no período foram observados nos setores Veículos (-23,5%), Coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-4,2%) e Produtos químicos (-6,9%). Outros resultados negativos no indicador foram registrados em Indústria extrativa (-11,0%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-58,7%), Couros, artigos para viagem e calçados (-19,0%), Produtos de minerais não metálicos (-12,5%) e Produtos de borracha e de material plástico (-6,9%). As principais contribuições positivas vieram de Celulose, papel e produtos de papel (12,4%) e Metalurgia (8,0%).
De janeiro a dezembro de 2015, comparando-se com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou decréscimo de 7,0%. Dez dos 12 segmentos da indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, que teve queda de 13,3%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Metalurgia (–13,1%), Produtos químicos (-4,6%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-54,9%) e Indústria extrativa (-6,5%). Positivamente, destacou-se Veículos (6,5%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de automóveis. Vale citar ainda a expansão de Celulose, papel e produtos de papel (2,1%).
COMPARATIVO REGIONAL – A redução no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -11,9%, na comparação entre dezembro de 2015 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada em 12 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Amazonas (-30,0%), Espírito Santo (-19,1%), Paraná (-16,1%), Ceará (13,4%) e São Paulo (-12,4%). Por outro lado, Mato Grosso (18,7%) e Pará (3,7%) obtiveram resultados positivos nesse mês.
No período de janeiro a dezembro de 2015, 11 dos 14 locais pesquisados apontaram taxas negativas. As principais quedas no período foram observadas no Amazonas (-16,8%), Rio Grande do Sul (-11,8%), São Paulo (-11,0%), Ceará (-9,7%), Paraná (-9,6%), Minas Gerais (-7,9%), Santa Catarina (-7,9%) e Bahia (-7,0%). Já Pará (5,7%), Mato Grosso (4,7%) e Espírito Santo (4,4%) tiveram os maiores avanços.
ANÁLISE TRIMESTRAL – No quarto trimestre de 2015, a indústria baiana assinalou resultado negativo após três trimestres consecutivos de queda, comparado com o mesmo período do ano anterior. Destaca-se o setor de Veículos, que passou de 4,7% para -30,7%; Produtos derivados do petróleo, que passou de -1,8% para -10,1%; Produtos químicos, que passou de -3,2% para -6,7%, e Produtos alimentícios, que passou de 6,0% para -3,0%.