De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), referentes ao mês de dezembro de 2015, a Bahia totalizou um saldo negativo de 18.968 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado expressa a diferença entre o total de 39.424 admissões e 58.392 desligamentos. O saldo registrado em dezembro situou-se em um patamar superior ao contabilizado em igual período do ano anterior (-20.749 postos) e representa resultado negativo como os outros meses de dezembro da série histórica (2005-2015). Com o saldo negativo de dezembro, o emprego com carteira assinada apresentou o nono mês seguido de perda, com ampliação, no entanto, do ritmo da perda em relação a novembro de 2015 (-6.037 postos), incluindo as declarações fora do prazo. O saldo negativo de 75.286 postos de trabalho celetista do ano de 2015 revela a diferença entre o total de 697.449 admissões e 772.735 desligamentos, com ajustes das declarações fora do prazo.
Setorialmente, em dezembro, na Bahia, sete dos oito segmentos registraram saldo negativo: Construção Civil (-5.561 postos), Serviços (-4.534 postos), Agropecuária (-4.235 empregos celetistas), Indústria de Transformação (-3.263 postos de trabalho), Comércio (-1.439 postos), Extrativa Mineral (-105 postos), e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-33 postos). Administração Pública (+202 postos) ampliou seu contingente de trabalhadores com carteira assinada.
Em 2015, sete setores contabilizaram saldos negativos: Construção Civil (-34.249 postos), Serviços (-19.566 postos), Comércio (-9.566 postos), Indústria de Transformação (-8.133 postos), Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (-3.110 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-935 postos) e Extrativa Mineral (-209 postos). Administração Pública (+482 postos) apresentou saldo acumulado positivo.
Análise regional – A Bahia encerrou 18.968 postos, em dezembro de 2015, ocupando a 9ª posição dentre os estados da Região Nordeste e a 20ª posição no Brasil em termos de saldo de postos de trabalho. Na Região Nordeste, todos os nove estados totalizaram saldos negativos: a Bahia (-18.968 postos), Pernambuco (-16.031 postos), Ceará (-10.120 postos), Maranhão (-7.324 postos), Paraíba (-4.487 postos), Rio Grande do Norte (-4.359 postos), Piauí (-3.252 postos), Sergipe (-2.250 postos) e Alagoas (-1.216 postos).
Acumulado do Ano – Em 2015, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -75.286 postos de trabalho, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. A Bahia ocupou a 21ª posição no país e a oitava no Nordeste. No ano, Pernambuco foi o estado que eliminou mais postos no mercado de trabalho formal nordestino (-89.561 postos), seguido pela Bahia (-75.286 postos), Ceará (-33.411 postos), Maranhão (-16.489 postos), Paraíba (-15.201 postos), Rio Grande do Norte (-12.298 postos), Sergipe (-5.178 postos), Alagoas (-4.703 postos) e Piauí (-2.275 postos). Todos os estados do Nordeste apresentaram um total acumulado negativo em 2015.
Análise RMS e Interior – Analisando os dados referentes aos saldos de emprego distribuídos dentro do estado da Bahia, em dezembro de 2015, verifica-se que tanto RMS quanto Interior apresentaram redução do número de empregos com carteira assinada. De forma mais precisa, no Interior foram fechados 12.063 postos e na Região Metropolitana de Salvador encerrou-se 6.905 oportunidades de trabalho celetista.
Quanto ao saldo de emprego, em 2015, o estado encerrou 75.286 postos. Enfatiza-se que a participação do Interior do estado e da RMS foram negativas. O Interior encerrou 25.970 postos, enquanto a RMS perdeu 49.316 posições de trabalho com carteira assinada.
Análise Municipal – Em dezembro de 2015, dos municípios com mais de 30.000 habitantes, os que tiveram os menores saldos de empregos formais foram: Salvador (-5.780 postos), Juazeiro (-1.882 postos) e Feira de Santana (-1.111 postos). Por outro lado, Porto Seguro (+583 postos), Dias D´Ávila (+457 postos) e Mata de São João (+428 postos) destacaram-se na geração de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.