A produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, recuou 7,6% em setembro de 2015, frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana teve queda de 9,0%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação. A variação acumulada no período de janeiro a setembro de 2015 registrou taxa negativa de 6,1%, em comparação com o mesmo período de 2014. No acumulado nos últimos 12 meses, o indicador teve recuo de 4,0% frente ao mesmo período do ano anterior, queda mais intensa do que a observada em agosto último (-3,1%). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apresentou decréscimo de 9,0%, com nove das 12 atividades pesquisadas assinalando queda na produção. O setor de Veículos (-50,7%) exibiu o principal impacto negativo no período, impulsionado pela menor fabricação de automóveis, mas também pela concessão de férias coletivas em importante unidade produtiva deste setor. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos químicos (-8,8%), Coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-3,4%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-60,3%), Produtos alimentícios (-5,3%) e Produtos de minerais não-metálicos (-14,2%). As contribuições positivas vieram de Metalurgia (10,4%), Celulose, papel e produtos de papel (3,6%) e Bebidas (19,6%).
De janeiro a setembro de 2015, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou decréscimo de 6,1%. Oito dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que teve queda de 14,6%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Metalurgia (-16,2%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-54,6%), Produtos químicos (-4,2%), Indústria extrativa (-5,0%) e Produtos alimentícios (-3,6%). Positivamente, destacou-se Veículos (22,1%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de automóveis. Vale citar ainda a expansão de Celulose, papel e produtos de papel (3,8%) e Couros, artigos para viagem e calçados (2,1%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa da produção industrial baiana registrou decréscimo de 4,0%, comparada com a do mesmo período do ano anterior. Sete dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, que teve queda de 10,1%. Vale mencionar também os resultados negativos assinalados por Metalurgia (-17,6%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-50,2%), Produtos alimentícios (-2,0%) e Produtos minerais não metálicos (-8,8%). Positivamente, destacaram-se Veículos (20,8%), Produtos químicos (0,3%), Celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e Couros, artigos para viagem e calçados (2,9%).
COMPARATIVO REGIONAL – A redução no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -10,9%, na comparação entre setembro de 2015 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada em 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio Grande do Sul (-19,7%), Amazonas (-13,1%), São Paulo (-12,8%), Ceará (-11,9%) e Santa Catarina (-11,6). Por outro lado, Mato Grosso (18,3%), Pará (12,3%) e Espírito Santo (0,1%) obtiveram resultados positivos nesse mês.
No período de janeiro a setembro de 2015, 11 dos 14 locais pesquisados apontaram taxas negativas. As principais quedas no período foram observadas no Amazonas (-14,5%), Rio Grande do Sul (-11,1%), São Paulo (-10,2%), Ceará (-9,5%), Paraná (-7,8%), Santa Catarina (-7,4%), Minas Gerais (-7,2%) e Bahia (-6,1%). Já Espírito Santo (11,3%), Pará (6,2%) e Mato Grosso (3,2%) apresentaram os maiores avanços.
ANÁLISE TRIMESTRAL – No terceiro trimestre de 2015, a indústria baiana assinalou queda de 1,7%, evidenciando recuperação na comparação com os trimestres anteriores, com taxas de, respectivamente, -12,1% e -4,9%. Setorialmente destaca-se o setor de Celulose, papel e produtos de papel, que passou de -7,0% para 6,2%; Metalurgia, que passou de -26,8% para 0,4%; Produtos alimentícios, que passou de -10,4% para -1,1%; e Bebidas, que passou de -11,5% para 12,9%.
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