As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela SEI em parceria com o DIEESE, SEADE e SETRE, mostram que, em setembro, a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador aumentou ao passar de 19,0% para 19,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto variou de 14,3%, em agosto, para os atuais 14,2% e a de desemprego oculto aumentou de 4,7% para 5,2%.
Em setembro, o contingente de desempregados foi estimado em 354 mil pessoas, 8 mil a mais que no mês anterior. Esse aumento ocorreu apenas com o desemprego oculto pelo trabalho precário, que passou de 75 mil para 84 mil, uma vez que praticamente não variou para aqueles em desemprego aberto (-1 mil). O crescimento do desemprego foi resultado do aumento do número de pessoas no mercado de trabalho (6 mil) concomitante à retração do contingente de ocupados (-2 mil). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – oscilou de 56,0% para 56,1%, no período em análise.
No mês de setembro, o contingente de ocupados permaneceu relativamente estável (-0,1%), ao passar de 1.474 mil para 1.472 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve diminuição do nível de ocupação no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (2 mil ou 0,7%) e na Indústria de transformação (11 mil ou 8,9%) e aumento no setor de Serviços (11 mil ou 1,2%). Na Construção o nível de ocupação não se alterou.
Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados ficou relativamente estável (menos 1 mil pessoas ou 0,1 %), como decorrência da redução no setor público (7 mil ou 5,0%) e da variação positiva no setor privado (mais 3 mil ou 0,3%). No setor privado, o número de empregados sem carteira assinada aumentou (9 mil ou 9,0%) e o daqueles com carteira assinada diminuiu (6 mil ou 0,8%). Registrou-se acréscimo no contingente de trabalhadores autônomos (4 mil ou 1,4%) e decréscimo no número de ocupados na categoria outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (5 mil ou 6,6%), enquanto o número de ocupados entre os empregados domésticos não houve variação.
Comportamento em 12 meses – Entre julho e agosto de 2015, o rendimento médio real diminuiu 1,3% para os ocupados e 0,5% para os assalariados. Seus valores monetários passaram a equivaler a R$ 1.255 e R$ 1.340, respectivamente. Entre os meses de setembro de 2014 e de 2015 a taxa de desemprego total na RMS aumentou, ao passar de 17,5% para 19,4% da PEA. Esse resultado deveu-se à elevação da taxa de desemprego aberto e oculto ,de 12,8% para 14,2 e 4,7% para 5,2%, respectivamente.
O contingente de desempregados aumentou, nos últimos 12 meses, em 29 mil pessoas. Esse resultado deveu-se à eliminação de 60 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que saíram da PEA (31 mil). A taxa de participação diminuiu de 58,1% para os atuais 56,1%.
Em relação a setembro do ano passado, o número de ocupados diminuiu 3,9%, ao passar de 1.532 mil pessoas para 1.472 mil. Entre os setores de atividade econômica analisados, houve redução na Construção (25 mil ou 16,7%), na Indústria de transformação (8 mil ou 6,6%) e nos Serviços (26 mil ou 2,8%). O Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas apresentou crescimento no período (10 mil ou 3,6%).
Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado retraiu-se (42 mil ou 4,0%), devido à redução do assalariamento no setor privado (23 mil ou 2,6%) e, no setor público (20 mil ou 13,2%). No setor privado, decresceu o número de assalariados com carteira de trabalho assinada (23 mil ou 3,0%) enquanto não houve variação entre os sem carteira assinada. Houve redução do número de empregados domésticos (16 mil ou 12,1%) e de autônomos (9 mil ou 3,0%), bem como acréscimo no agregado outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (7 mil ou 10,9%).
Entre agosto de 2014 e de 2015, reduziram-se os rendimentos médios reais dos ocupados (5,8%) e dos assalariados (6,6%).
Nesse período, houve redução na massa de rendimentos dos ocupados (7,8%) e dos assalariados (8,9%), em ambos os casos, devido aos decréscimos do rendimento médio real e, menos intensamente, do nível de ocupação.
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