Em um cenário incerto com relação ao fim do fator previdenciário e a mudanças nas regras da aposentadoria aprovadas na semana passada pela Câmara, quem quiser programar um futuro que não dependa somente da Previdência Social pode encontrar na previdência privada uma alternativa de investimento para garantir tranquilidade financeira após anos de trabalho.
Os planos de previdência privada funcionam como uma espécie de poupança “forçada” a longo prazo, como explica o economista e especialista em Previdência Privada, Pedro Gomes. “As pessoas, cada vez mais, têm se interessado pelo o planejamento dos seus gastos e da sua vida financeira, principalmente os que batalham para ter uma vida mais confortável lá na frente”.
Já na previdência complementar que mantêm como benefício do local onde trabalha, a contribuição pode variar de 6% a 12% sob o valor do salário líquido. Neste caso, ela optou pela maior faixa de contribuição. “A principal contrapartida que eu vi é que a empresa vai aumentando o rendimento conforme a minha permanência lá. Como eu vislumbro construir uma carreira lá, acaba sendo a construção de um patrimônio durante a minha vida profissional”, afirma a engenheira ambiental, que pretende diversificar ainda mais os investimentos:
“A minha ideia é continuar juntando um pouquinho fora da poupança para ter uma renda melhor no futuro para que eu viva com qualidade”.
A faixa de contribuição mínima para quem pretende aderir a um plano de Previdência Privada varia entre os bancos, mas podem chegar a média de R$ 25 a R$ 70 por mês. De acordo com o economista Pedro Gomes, a idade ideal para se iniciar um plano de previdência complementar é entre os 18 aos 20 anos. “Vai permitir uma rentabilidade maior por conta de uma maior quantidade de tempo de contribuição”.
O VGBL é válido para quem vai demorar um tempo maior para resgatar. “Não haverá dedução do imposto de renda, mas em compensação, quando for receber lá na frente, não vai ser descontado Imposto de Renda do valor total do benefício resgatado”.
Outro ponto importante é ter disciplina para manter o pagamento do plano, sem deixar que ele saia da lista de prioridades. “Busque uma opção que caiba no seu orçamento. Não desista de manter o plano vivo a fim de atingir o objetivo a que ele se propõe”.
Mesmo sem ainda estar trabalhando, ela paga R$ 100 por mês pelo plano contratado. “Minha previdência tem um único objetivo: complementar minha renda numa aposentadoria ou diminuição de jornada de trabalho futura”.