pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, referentes ao mês de março de 2015, apontam que a Bahia contabilizou um saldo negativo de 1.167 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado expressa a diferença entre o total de 62.480 admissões e 63.647 desligamentos. O saldo registrado em março situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (+631 postos) e representa o pior resultado da série para os meses de março (2004-2015). Todavia, revelou melhora em relação ao mês de fevereiro de 2015 (-7.463 postos), incluindo as declarações fora do prazo. “Apesar do resultado negativo, destacamos que as empresas com até quatro funcionários continuam gerando emprego no Estado. Em março, foram 4.094 mil empregos criados em micro empresas”, afirma Eliana Boaventura, diretora-geral da SEI.
Setorialmente, em março, na Bahia, quatro setores registraram saldo negativo: Construção Civil (-2.136 postos), seguido por Comércio (-635 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP (-86 postos) e Extrativa Mineral (-1 posto). Quatro setores apresentaram resultados positivos: Agropecuária (+ 465 postos), Administração Pública (+453 postos), Serviços (+404 postos) e Indústria de Transformação (+369 postos).
No acumulado dos três primeiros meses de 2015, os setores que registraram saldos negativos foram: Construção Civil (-7.662 postos), Comércio (-5.167 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-138 postos) e Extrativa Mineral (-120 postos). Quatro setores apresentaram saldos acumulados positivos: Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (+1.549 postos), Administração Pública (+527 postos), Serviços (+26 postos) e Indústria de Transformação (+16 postos).
A Bahia (-1.167 postos) ocupou a 7ª posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados da Região Nordeste e a 20ª posição no Brasil em março de 2015. Na Região Nordeste, o estado que gerou o pior saldo foi Pernambuco (-11.862 postos), seguido pela Paraíba (-5.691 postos), Bahia (-1.167), Maranhão (-659 postos), Alagoas (-496 postos) e Ceará (-357 postos). Dos nove estados da Região Nordeste dois totalizaram saldos positivos: Piauí (+1.016 postos) e Sergipe (+249 postos).
Acumulado do Ano – No acumulado dos três primeiros meses do ano, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -10.969 postos de trabalho, isso levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. No Nordeste, Pernambuco (-35.088 postos) foi o que mais postos eliminou no mercado formal de trabalho, depois, a Bahia, seguida pelo Ceará (-8.525 postos), Maranhão (-6.841 postos), Rio Grande do Norte (-5.212 postos), Alagoas (-2.107 postos), Piauí (-185 postos) e Sergipe (-174 postos). Todos os estados do Nordeste apresentaram totais negativos no acumulado dos três primeiros meses de 2015 com a eliminação de postos de trabalho com carteira assinada.
Análise RMS e Interior – Analisando os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos dentro do estado da Bahia, em março de 2015, constata-se que o resultado do emprego foi negativo na RMS e positivo no interior. De forma mais precisa, no Interior foram gerados 188 postos de trabalho, e na Região Metropolitana de Salvador encerrou-se 1.355 postos de trabalho celetista.
Quanto ao saldo de emprego de janeiro a março de 2015, enfatiza-se que a participação do interior do estado no encerramento de empregos formais foi menor do que a participação da RMS. Enquanto o interior fechou 3.319 postos, a RMS perdeu 7.650 postos de trabalho com carteira assinada.
Análise Municipal – Em março de 2015, entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, aqueles que tiveram os menores saldos de empregos formais foram: Salvador (-1.151 postos), Jequié (-581 postos) e Lauro de Freitas (-398 postos). Por outro lado, Dias D’Ávila (+555 postos), Itamarajú (+420 postos), Feira de Santana (+354 postos) e Luis Eduardo Magalhães (+302 postos) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.