No período, os preços médios dos produtos exportados recuaram 16,5%, e as exportações caíram 25,3%, atingindo US$ 517,6 milhões, em comparação a igual mês do ano passado. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei/Seplan).
Por conta da compra de 378 mil toneladas de GNL – Gás Natural Liquefeito, utilizado em larga escala no suprimento de usinas térmicas devido à crise hídrica, as importações superaram as exportações em US$ 274,2 milhões, alcançando US$ 791,8 milhões e crescimento de 43,4%. No ano, a balança comercial do estado acumula déficit de US$ 622 milhões, resultado de exportações de US$ 1,06 bilhão (-22,6%) e importações de US$ 1,69 bilhão (+28,5%). “Se ainda não trouxe o alívio esperado para o desempenho das exportações, a forte valorização do dólar, superior a 21% no acumulado de 12 meses, já vem impactando as importações, que abstraindo as compras de GNL também acusaram redução de 3,6% em fevereiro”, explica Arthur Cruz, coordenador de Comércio Exterior da Sei.
A queda das vendas externas foi ocasionada, principalmente, pela redução de preço de produtos importantes para a balança comercial — processo que tem ocorrido em meio à desaceleração econômica de grandes consumidores, como a China e que faz com que esse ano também haja redução no quantum exportado (queda de 3,4% até fevereiro).
As principais retrações no mês foram registradas por derivados de petróleo (-92%), produtos químicos/petroquímicos (-40%); pneumáticos (-24%); e automotivo (-12%). Os preços de todos esses segmentos variaram de forma negativa frente ao mesmo período em 2014, chegando a quase 60% no caso dos derivados de petróleo e a (-31%) no de químicos/petroquímicos.
Já as importações, no mês passado, registraram queda as compras de automóveis de passageiro (-22%), insumos para a indústria química (-8,4%) e bens de capital (-8%). Com os baixos preços do petróleo no mercado internacional, dispararam as importações de combustíveis que cresceram 222%, além de minério de cobre (48%) e fertilizantes (2,2%). “Apesar do crescimento registrado de 28,5% nas importações baianas do bimestre, o movimento do câmbio e o esperado impacto recessivo mais aprofundado na economia acabarão influenciando mais negativamente as importações no curto prazo, o que deverá ajudar na reversão do atual déficit da balança comercial do estado”, analisa Cruz.